(Benjamin Abras)
E que se diga
E se despreze
Estou para além da estetização
Pois o meu código converge
Pro decomposto tato de depuração
Ai ai eu eu
De onde eu vim?
O que é que eu sou?
Prá onde irei?
Eu não me entrego
A uma fala que me diga: Vá!
Eu? Eu não
E que se diga e se despreze
Estou, estou, estou
Estou para além da estetização
Caminho assim, e assim
Eu ando rasteiramente
Caminho assim e assim
Insubordinado
Eu sou um pequeno ladrão
Do meu querer
Eu vou roubar o tempo que quero
Pra viver inteiro
Pra ser inteiro
Que eu viva a cada momento
Pleno de mim mesmo
Para viver pleno de cada querer
Para entender dentro de cada momento
Que seja!
Que venha!
Que pulse, liberte
E venha da alma
A própria cadencia
Tão me chamando marginal
O que que eu sou?
Ai! Tão me chamando marginal
O que que eu sou?
Marginal tão me chamando
E o que que eu sou?
Eu, sou eu e dobro
Eu não lhe devo nada
Eu sigo em paz
Eu sigo e vou
Sigo e vou
E que se diga e se despreza
Estou para além da estetização
Arranjo: Bill Lucas
Bill: tarol, ton ton, pratos e chapa de latão
André Salles Coelho: pífanos
Benjamin: voz