(Benjamin Abras)
O que se diz é mundo
O que se ganha é rua
O que se tem é chão
Guarde consigo a palavra-tapa do rum
E lentamente, beba jurema pois tudo perece
O tempo que talha e tempera todo ser
Tinge de branco seus cabelos crespos
Com lama de mangue o negro velho forja exus
Dando porta ao que vibra em nosso sangue a tempos
Rosto das coisas será sempre o durante
E todo pensamento é estrangeiro
Derramar o apreço em beijos
Sobre o corpo de quem nos ama
É ser flor de gameleira
Fora de estação
E o tempo que talha e tempera o querer
Tange e ecoa teus sonhos com os meus.
O que se diz é mundo
O que se ganha é rua
O que se tem é chão
Arranjo: Sérgio Pererê
Bill: conga
Sérgio Pererê – vozes
Benjamin – voz